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Setor da Construção
25 de Setembro de 2019
Sondagem da Construção: setor reforça tendência de melhora em agosto
A Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta terça-feira (25/09) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revela que os índices de evolução de emprego e de atividade do setor da construção chegaram ao melhor nível dos últimos seis anos. Indica ainda que as empresas estão otimistas com o futuro próximo.
“Os resultados do PIB referentes ao 2º trimestre/2019 já demonstraram uma melhora no nível de atividade da construção. Apesar de ainda distante de recuperar a queda observada nos últimos anos, o setor começa a caminhar ”, destaca a economista Ieda Vasconcelos, do Banco de Dados da CBIC.
A Sondagem, que ouviu 523 empresas do setor – 181 de pequeno porte, 228 de médio porte e 114 de grande porte – entre os dias 2 e 12 de setembro, mostra que, ainda que em ritmo lento, a construção civil continua a dar sinais de que está recuperando o vigor do período pré-crise econômica.
Em agosto, o índice de evolução da atividade do setor cresceu 0,8 ponto, alcançado 49,2 pontos, e o índice de evolução do número de empregados subiu 0,6, em comparação com julho, para 49,9 pontos. Embora ainda abaixo dos 50 pontos – patamar que indica que o setor ainda encolhe –, os indicadores mostram melhora em todos os meses de 2019, acompanhado de otimismo dos empresários com o futuro próximo.
Apesar da evolução dos indicadores, as empresas da construção civil permanecem com ociosidade elevada. Em agosto, a utilização da capacidade operacional (UCO) ficou em 58%, acréscimo de um ponto percentual frente ao mês anterior e dois pontos percentuais em relação ao nível de 12 meses atrás.
Investimento e otimismo
Em agosto, o indicador de intenção do investimento do empresário da construção civil subiu para 37,2 pontos, segunda marca mais elevada de 2019 e acima da média histórica de 33,7 pontos. O indicador vai de 0 a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior a disposição em fazer investimentos.
A pesquisa mostra expectativas positivas no setor em relação ao nível de atividade e à compra de insumos e matérias-primas, indicadores que subiram para 54,8 pontos e 53,7 pontos, respectivamente, o que sinaliza expectativa de aumento de demanda nos próximos seis meses. Por outro lado, os indicadores de novos empreendimentos e serviços apresentaram leve recuo, de 0,6 ponto e de 0,2 ponto, respectivamente.
Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Icei-Construção) revela otimismo do setor com a conjuntura, sobretudo com o presente. Com alta de 1,3 ponto, frente a agosto, o Índice de Condições Atuais puxou o aumento de 0,4 ponto no Icei-Construção, no comparativo. Na contramão, o Índice de Expectativas – que mensura o que o empresário espera para os próximos seis meses – caiu pelo segundo mês consecutivo, desta vez em 0,3 ponto, principalmente devido à piora nas expectativas em relação à economia.
“A construção tem a capacidade de consolidar o crescimento econômico, mas a sua produção precisa ser estimulada. Sempre é bom ressaltar que o setor é o principal componente dos investimentos e a recuperação do investimento é essencial para que o Brasil alcance o crescimento sustentando”, aponta Ieda Vasconcelos.