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Notícias



Setor da Construção

14 de Maio de 2020

Pedidos de seguro-desemprego da construção caem 11,55% em 2020

Setor que tem ganhado apoio do presidente Jair Bolsonaro para liderar a retomada da economia, mesmo sem o fim da pandemia de coronavírus, a construção civil tem registrado números relativamente positivos em 2020.

De acordo com dados da Base de Gestão do Seguro-Desemprego (BGSD), do Ministério da Economia, o número de solicitações de trabalhadores demitidos do setor foi 11,55% menor entre janeiro e abril de 2020 (204.388), quando comparado com o mesmo período do ano anterior (231.076).

A construção civil também teve redução percentual de demissões entre as atividades pesquisadas, representando 8,75% dos 2.337.081 requisições do benefício neste primeiro quadrimestre do ano. Em 2019, o setor representou 10,02% do total dos 2.301.115 pedidos realizados no país neste período.

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, essa situação no setor pode ser explicada pelo fato de que nem todas as atividades foram paralisadas durante a pandemia do coronavírus, evitando demissões em massa.

"A construção civil tem a sua capacidade de irrigar a economia como um todo, funcionando como uma locomotiva que puxa 97 vagões ligados diretamente ao setor", disse Martins à coluna, destacando que as obras que foram continuadas "respeitaram os cuidados para prevenir a transmissão da Covid-19".

Em abril, enquanto os pedidos de seguro-desemprego no Brasil aumentaram 22,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, na construção civil, o número de solicitações de trabalhadores demitidos do setor foi 8% em abril comparado com abril de 2019.

Apoio do presidente

Na última quinta-feira (7), o presidente da República Jair Bolsonaro assinou decreto que classificou a construção civil como mais um serviço essencial ao país.

Segundo a CBIC, vários municípios e estados já vinham permitindo a atividade, por conta de medidas de distanciamento dentro dos grandes canteiros de obras, uso de EPIs e outros cuidados adicionais. Na avaliação da entidade, o decreto ajudou a reforçar esse entendimento.