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14 de Outubro de 2014
País precisa investir R$ 760 bi em habitação, diz Fundação Getúlio Vargas
A equalização do déficit habitacional no País demandará investimentos de R$ 760 bilhões ao longo de dez anos, de acordo com estudo divulgado pela FGV.
O levantamento considera que até 2024 o País terá 16,8 milhões de novas famílias, sendo 10 milhões com renda familiar de até três salários mínimos - ou seja, com menor ou nenhuma condição de adquirir uma casa por conta própria, sem subsídio.
Com um déficit estimado de 5 milhões de moradias no fim de 2014, o desafio total será proporcionar habitações para cerca de 22 milhões de famílias na próxima década.
Se o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida atender ao menos 51% das famílias, isso representará a necessidade de construção de 11,2 milhões de habitações populares, o equivalente a 1,1 milhão por ano.
Considerando uma atualização do valor médio das habitações para R$ 68,1 mil nos próximos dez anos, o levantamento calcula a necessidade de investimentos de R$ 760 bilhões, o equivalente a R$ 76 bilhões por ano.
A coordenadora do estudo, Ana Maria Castelo, ressalta que a viabilização desses investimentos só será possível se houver melhoria das operações entre construtoras, bancos e os órgãos públicos envolvidos.
A pesquisadora defendeu ainda que o Minha Casa, Minha Vida seja transformado em um programa permanente.
De acordo com levantamento, o déficit habitacional caiu 8% entre 2009 e 2013, impulsionado pelo apoio às famílias por meio do Minha Casa, Minha Vida. Com isso, a falta de moradias caiu de 5,7 milhões para 5,2 milhões.