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01 de Outubro de 2018
Mercado sobe estimativa de inflação para 2018 e 2019
Os economistas de instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para os anos de 2018 e de 2019.
As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro elevou a estimativa de 4,28% para 4,30% para este ano. Foi a terceira alta seguida do indicador.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional(CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação de 4,18% para 4,20%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
ESTIMATIVAS DO RELATÓRIO FOCUS
PREVISÃO | 2018 | 2019 |
Produto Interno Bruto (PIB) | 1,35% | 2,50% |
Inflação | 4,30% | 4,20% |
Taxa básica de juros (Selic) | 6,50% | 8% |
Dólar | R$ 3,89 | R$ 3,83 |
Balança comercial (saldo) | US$ 54,6 bilhões | US$ 45,6 bilhões |
Investimento estrangeiro direto | US$ 67 bilhões | US$ 75,65 bilhões |
Produto Interno Bruto
Para o PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro ficou estável em 1,35% na semana passada.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
No fim do mês passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores.
O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.
Outras estimativas
Taxa de juros - O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
- Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 caiu de R$ 3,90 para R$ 3,89 por dólar. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,80 para R$ 3,83 por dólar.
- Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 caiu US$ 55 bilhões para US$ 54,6 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 47 bilhões para US$ 45,6 bilhões.
- Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas subiu de US$ 75,3 bilhões para US$ 75,65 bilhões.