Linha 2 do metrô deve desvalorizar imóveis de alta renda ao longo da via

A Prefeitura de Salvador deve conceder o alvará para a construção da Linha 2  do metrô na Paralela nos próximos dias,  mas é grande a preocupação de urbanistas e investidores com a obra que será feita no canteiro central da Avenida Paralela, colocando uma barreira ferroviária entre as duas pistas da via.  Em termos econômicos, analistas afirmam que com a implantação do metrô a região da avenida Paralela, uma das áreas imobiliárias mais valorizadas de Salvador, deve perder em termos de valorizacão, especialemnete em relação aos projetos de alta renda que hoje margeiam a avenida podem ter o metro quadrado desvalorizado.
 
Segundo fontes ouvidas pelo Bahia Econômica, em todas as cidades do mundo, as áreas que margeiam linhas ferroviárias tendem a se desvalorizar no que se refere a projetos de alta renda e prédios comerciais de luxo, atraindo empreendimentos destinados as classe de renda mais baixa, por conta da proximidade com o transporte público.  Na verdade, ao optar pela superfície, o projeto não se caracteriza como metrô, mas como uma linha ferroviária que ligará a cidade ao aeroporto. Há preocupações também em relação ao impacto na paisagem e na conformação urbana da cidade. O governador Rui Costa disse, no entanto, que o projeto prevê na Avenida Paralela a implantação de muito mais árvores.
 
"Tanto para quem estiver dentro do metrô, como para quem passar de carro ou de ônibus, terá o prazer de ver mais árvores dos dois lados. Posso assegurar que o projeto das estações está muito bonito. Fiquei absolutamente satisfeito com o que me apresentaram". Moradores de projetos como o Alphaville I e  Alphaville II e outros como o “Le Parc” estão preocupados com o impacto na valorização dos imóveis ao longo da via.