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26 de Janeiro de 2015

Geração de vagas formais é a pior em 12 anos, diz Caged

A economia baiana gerou 22 mil novos empregos com carteira assinada em 2014. É o pior resultado da série histórica, que começou há 12 anos. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O estado segue o resultado nacional do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No Brasil  foram gerados 397 mil novos postos. Já a Região Metropolitana de Salvador registrou aumento de 4.576 empregos formais em  2014.  Para o  coordenador de Pesquisas Sociais da SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia), Roberto Pereira, a criação de novos empregos  é consequência  do baixo crescimento da economia.  "A economia no Brasil em 2014 deve crescer menos do que o registrado nos outros anos, o que faz a geração de novos postos de trabalho ser também menor", diz Pereira. Embora menor do que nos anos anteriores, o número de novos postos na Bahia é maior do que e outros estados do Nordeste, como Pernambuco, que perdeu 13 mil vagas. Na região, a  Bahia ficou atrás apenas do Ceará, responsável por 47,3 mil  novas vagas com carteira assinada.
 
Setores - O crescimento foi resultado das 24 mil  vagas criadas no setor de serviços e das quase 9 mil do setor do comércio. Apesar dos números, o presidente da Fecomércio-BA (Federação do Comércio   da Bahia), Carlos de Souza Andrade, acredita que o desempenho do setor poderia ser bem melhor. "As incertezas sobre as polÍticas econômicas para os próximos anos, a alta carga tributária e a concorrência internacional reduzem a confiança do empresário para realizar novos investimentos e ampliar seus negócios", afirma Andrade.
 
Os resultados do Caged confirmam a crise no setor da construção civil -  que perdeu 7,6  mil postos de trabalho em um ano. A tendência de queda, segundo o presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos, continuará em janeiro. Demissões por conta de atrasos de pagamento no programa Minha Casa, Minha Vida e do PAC, fim de obras públicas e privadas, demissões no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, além da retração econômica são apontadas como razões por representantes do setor. Também em queda, a indústria de transformação baiana foi o segundo setor que mais perdeu postos. Foram 1,9 mil a menos. "Os dados de desemprego na indústria são um sinal de que as empresas chegaram a um certo limite. Se não melhorar daqui para a frente, é provável que ocorram novas demissões", afirma o  gerente de estudos técnicos da   Fieb  (Federação das Indústrias da Bahia), Ricardo Kawabe.