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17 de Junho de 2015

Estaleiro Enseada pode se desvincular da Sete Brasil e voltar a operar

O Estaleiro Enseada, que já demitiu mais de 7 mil trabalhadores na região de Maragogipe, está em negociações para se desvincular da Sete Brasil, empresa envolvida na Operação Lava-Jato que contratou a Enseada para construir sondas de perfuração de petróleo para a Petrobras. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a empresa  japonesa Kawasaki, que tem 30%, das ações do estaleiro baiano, estuda assumir as encomendas de quatro sondas de perfuração de poços de petróleo que a Sete Brasil fez ao estaleiro Enseada, para atender a Petrobras no pré-sal. Os outros sócios do estaleiro são o grupo Odebrecht (com 35%) e a UTC e OAS (35%).
 
Conforme o o jornal  os presidentes Tamotsu Saito (da IHI Corporation) e Shigeru Murayama (da Kawasaki Heavy Industries), além do presidente da Mitsubishi para a América Latina, Seiji Shiraki, reuniram-se com a presidente Dilma Rousseff para pedir aval do governo para o negócio. Além das três empresas, também fará parte do grupo o Jbic (Japan Bank for International Cooperation), banco de desenvolvimento japonês. O  grupo japonês assumiria os 85% das encomendas que estão nas mãos da Sete Brasil. Também é sócia do negócio, com 15%, a OOG (Odebrecht Óleo & Gas). Quatro sondas entrarão no negócio, mas o Enseada tem outras duas sondas da Sete encomendadas em parceria com a OAS. Caso o grupo japonês assuma a construção das sondas aberirá o caminho para a finalização do Estaleiro, que já tem 85% das obras fisícas prontas