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Economia
11 de Abril de 2016
Crise deve baixar inflação só a partir de junho
A queda da conta de luz e do dólar são os principais fatores que têm puxado para baixo a inflação. O agravamento da recessão econômica, no entanto, só deve produzir efeitos sobre os índices de preços a partir do segundo semestre, de acordo com economistas ouvidos pela Agência Brasil. Os especialistas mantêm a previsão de que, apesar do recuo, a inflação fechará 2016 acima do centro da meta pelo segundo ano seguido.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março em 0,43%, a menor taxa para o mês desde 2012. Segundo os especialistas, a queda da inflação já era esperada, depois de o índice atingir o pico de 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro. “O principal fator é o fim do impacto dos aumentos de preços como combustíveis e energia. Isso porque os preços administrados respondem por um quarto dos índices oficiais de preço”, explica o economista André Braz.
Este ainda ressalta que a partir de junho existem chances de que a retração da atividade econômica ajude a diminuir a inflação. Com a mudança da bandeira na conta de energia, Braz estima redução de 7,4% para 7,2% da expectativa de inflação pelo IPCA para este ano. A estimativa é um pouco mais otimista que a das instituições financeiras, que projetam inflação oficial de 7,28% em 2016, segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central.