Construtoras reclamam de atrasos do Minha Casa Minha Vida

As construtoras baianas estão apreensivas com os atrasos no pagamento das obras do Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal, que já afetam o andamento de construções e número de empregos no setor.

O SINDUSCON-BA estima que os atrasos podem chegar a R$ 150 milhões para aproximadamente 40 empresas baianas. As obras fazem parte da faixa 1 do programa, imóveis direcionados para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.  Desde a sua criação o Minha Casa, Minha Vida, nunca havia atrasado pagamentos.

A instabilidade nos repasses começou em novembro de 2014, o que atrapalhou o pagamento do 13º salário em construtoras baianas. Os atrasos começaram a ser pagos em dezembro, no entando, ainda há valores a pagar referentes a dezembro e a janeiro, segundo o presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos. “Hoje, a CBIC informou que terá um repasse do Terou RO Nacional, o que deve fazer com que os pagamentos avancem para as faturas vencidas até 31 de dezembro. Então a inadimplência parassaria a ser a partir de 1º de janeiro”, dz.
 
Consequências – O presidente do SINDUSCON-BA afirma que as empresas começaram a adotar as medidas preventivas para evitar prejuízos com os atrasos, como paralisação das obras e consequente dispensa de pessoal, além de evitar novas compras de materiais. “O que mais a gente quer além de receber, é uma previsibilidade da normalidade de pagamento, porque isso permita às empresas planejar o ritmo das obras. Algumas construtoras pararam as obras, outras reduziram a mão de obra”. Gestor do programa, o Ministério das Cidades afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que liberou nesta semana pagamentos de R$ 583 milhões para empresas responsáveis.

Deste total, R$ 150 milhões foram liberados na segunda-feira e mais de R$ 433 milhões ontem. Para o presidente da ADEMI-BA, Luciano Muricym os atrasos afetam toda a cadeia produtiva. “É preciso que haja regularização e uma sinalização clara do que vai acontecer”.