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Setor da Construção
27 de Junho de 2016
Confiança da construção cai em junho
Após uma alta acumulada de 2,5 pontos nos três meses anteriores, o índice que mede a confiança da construção caiu de maio para junho, segundo aponta pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador recuou 1,1 ponto, passando de 69,1 para 68 pontos. A queda foi influenciada pela acomodação das expectativas.
“O otimismo setorial com os negócios nos próximos meses arrefeceu, levando à queda na confiança. De todo modo, vale notar que os empresários continuam ainda mais confiantes do que estavam no início do ano”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 3 pontos, alcançando 74,9 pontos, influenciado principalmente pelo otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses seguintes, que variou -3,3 pontos na margem. Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,8 ponto, para 61,7 pontos, depois de cinco quedas consecutivas. O quesito que mais contribuiu para a alta é o que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, com crescimento de 3,7 pontos em relação a maio.
Segundo a FGV, 66,8% das empresas dizem que a execução do programa de investimentos previstos para os próximos 12 meses é incerta. “Com a situação dos negócios fragilizada pelo crédito caro e uma carteira de contratos muito baixa, as incertezas relacionadas aos planos empresariais devem se manter altas ”, conclui Ana Maria Castelo.
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em junho, taxa de variação de 1,52%, acima do resultado do mês anterior, de 0,19%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,04%. O índice referente à mão de obra registrou variação de 2,64%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,32%.
Quatro capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Em contrapartida, Salvador e Recife registraram desaceleração. Porto Alegre manteve a variação do período anterior.