Caixa admite que liberação de crédito poderá ser menor que o previsto

Com a redução no ritmo das vendas de imóveis neste ano, a Caixa admite que poderá não alcançar a meta de ampliar em 10% o volume de liberação de financiamentos imobiliários na comparação anual.

Em 2013, o banco estatal emprestou o equivalente a R$ 136 bilhões. Entre janeiro e setembro deste ano, no entanto, a Caixa concedeu R$ 95 bilhões.

Para igualar ao resultado de 2013, portanto, o banco precisaria emprestar R$ 41 bilhões entre outubro e dezembro - valor que representa 43% do que concedeu nos primeiros nove meses do ano.

“Historicamente o último trimestre do ano é o melhor. Não vamos abandonar a meta de 10%, mas se crescermos zero (sic) não é respaldo para dizerem que o setor imobiliário está em crise”, frisou Teotônio Rezende, diretor executivo de Habitação da Caixa.

Para Rezende, não há um "esfriamento nas vendas", mas sim "uma retomada da normalidade".

Ele explica que o mercado imobiliário viveu momentos de "hiper euforia" até 2012.

Para exemplificar, ele cita que, nos melhores meses de 2011 e 2012, a Caixa fechava 12 mil contratos de crédito imobiliário ao dia.

Neste ano, a média foi de 5 mil contratos ao dia - o que, em suas palavras, "não acontece em nenhum banco de nenhum lugar do mundo".

O executivo disse ainda ficar "estupefato" quando afirmam que há crise no setor.

Para ele, a "retomada da normalidade" também deve se refletir nos preços, que "se estabilizarão". A participação de mercado da Caixa na modalidade alcança 70%.