Faça o login e acesse o conteúdo restrito.

Notícias



Economia

21 de Março de 2018

BC deve anunciar mais um corte, preveem economistas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (21) e deve baixar a taxa básica de juros, a Selic, de 6,75% para 6,50% ao ano, de acordo com estimativa de economistas do mercado financeiro. A decisão será divulgada após as 18h.
 
Se confirmada a previsão dos analistas, essa será a 12ª redução seguida da Selic, que com isso alcançaria o menor patamar desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. Também será a menor taxa de juros de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.
 
De acordo com esses economistas, os juros devem permanecer em 6,50% ao ano até fevereiro de 2019, quando começariam a subir. Ao final do ano que vem, preveem os analistas, a Selic atingiria 8% ao ano. Apesar de a taxa básica da economia estar na mínima histórica, os juros bancários seguem elevados. Em janeiro, as taxas do cheque especial e do cartão de crédito rotativo continuaram acima de 300% ao ano.
 
"Se a gente ficar alguns anos com taxas menores, tudo vai ser revisto, inclusive as taxas bancárias e as taxas de fundos de administração. Tudo isso, ao longo do tempo, terá que ser revisto. O que nós podemos fazer é acelerar essa mudança", afirmou o presidente do BC, Ilan Goldfajn, no começo deste mês. Ao elevar ou baixar os juros o Banco Central mira o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
 
Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%. Para 2019, é de 4,25%. O sistema, porém, prevê uma margem de tolerância, para cima e para baixo. Isso significa, por exemplo, que a meta não seria descumprida pelo Banco Central caso a inflação neste ano ficasse entre 2,5% e 6,5%.
 
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento. Para 2018 e 2019, o mercado estima um IPCA de 3,63% e de 4,20%, respectivamente. As decisões do Banco Central sobre a Selic também afetam o rendimento da poupança, que vai cair se confirmado o novo corte nesta quarta.