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Mercado

19 de Março de 2015

Bahia perdeu 6,8 mil empregos com carteira em fevereiro

Pelo terceiro mês consecutivo, a Bahia perdeu postos de trabalho com carteira assinada. Foram  6,8 mil empregos formais a menos no estado, em fevereiro de 2015, uma queda de 0,37% em relação ao mês anterior. Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged)  foram divulgados na quinta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho. Entre os  setores que mais perderam vagas estão  a construção civil, com menos 2,9 mil postos, o comércio, com 1,8 mil,  e o setor de serviços, com 1,7 mil empregos a menos. Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), 4,6 mil postos de trabalho foram perdidos.
 
Com a demissão, desde janeiro, de trabalhadores do Estaleiro Paraguaçu, que paralisou parte de suas obras, o município de Maragogipe, no Recôncavo baiano, foi a cidade com a maior queda de empregos formais, de 929, 30%.   A diminuição do número de empregos formais na Bahia segue a tendência nacional. Em fevereiro, o Brasil fechou 2,4 mil vagas de trabalho, o pior resultado para o mês desde 1999, muito diferente dos números de 2014. Em fevereiro de 2014, 260,8 mil postos formais foram criados. A Bahia está em terceiro lugar no ranking dos estados com mais perdas. Rio de Janeiro teve os piores números, com 11 mil postos a menos e Pernambuco 10,6 mil.
 
Com a demissão de 2,5 mil trabalhadores da construção civil em janeiro, e mais de 7,9 mil em dezembro, o presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos, considera que os resultados negativos do Caged   já eram decorrentes de obras   e   o principal mercado é em Salvador. Desde 2012, caiu o número de lançamentos imobiliários", afirma Passos.  Fim de obras públicas e  atrasos nos repasses para as construtoras do programa Minha Casa, Minha Vida também acarretam demissões, de acordo com o representante do Sinduscon. "Há a necessidade dos governos buscarem saídas que possam incentivar o investimento privado, já que o investimento público está com problemas. Só isso poderia dar um ânimo e gerar empregos na construção daqui a seis meses", afirma o presidente.