Faça o login e acesse o conteúdo restrito.

Notícias



Economia

10 de Novembro de 2014

2015 será ano de poucas concessões

Eleitas como "prioridade total" do segundo governo de Dilma Rousseff para elevar a taxa de investimentos do País em meio à contenção de gastos públicos, as novas concessões em infraestrutura vão demorar a sair do papel e
devem ter pouco impacto em 2015. Há rodovias e ferrovias já selecionadas para uma nova rodada de oferta à iniciativa privada, mas todas ainda estão em fase de estudos.

Não há prazo seguro sobre quando vão a mercado. A única concessão pronta para ser leiloada é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Ainda assim, a obra vive um impasse. O Tribunal de Contas da União (TCU) fixou em R$ 5,3 bilhões a estimativa de investimentos na linha. Mas as empresas interessadas avaliam um custo mínimo de R$ 7 bilhões. Oficialmente, porém, o Ministério dos Transportes informa que está fazendo "os ajustes finais de conteúdo e forma do edital e do contrato de concessão".

O governo insiste que as empresas não terão ganhos apenas com a execução da obra, mas também como concessionárias da linha.
 
Consideradas bem-sucedidas, as concessões de rodovias também levarão algum tempo para serem retomadas. O governo se prepara para leiloar a concessão da ponte Rio-Niterói, que vence em 2015. Mas, também nesse caso, a incógnita é o tempo que o TCU levará para analisar os estudos para o edital de leilão.

Será o primeiro realizado por Processo de Manifestação de Interesse (PMI), em que as próprias construtoras fazem os estudos. Outros quatro trechos rodoviários devem ter os estudos entregues ao Ministério dos Transportes no próximo dia 17. Porém, já há pedidos de adiamento desse prazo. O governo também considera a hipótese de conceder novos aeroportos, como os de Salvador, Recife, Porto Alegre e Vitória. Mas eles terão de ser estudados antes de ir a leilão, num processo que leva vários meses.

"Para 2015, espero muito problema e muita dificuldade, com essa crise fiscal", disse o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas".