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Notícias



Economia

16 de Maio de 2016

Situação econômica impede avanço

O mercado imobiliário brasileiro vive um momento que gera muitas dúvidas, expectativas e especulações. Os três indicadores básicos do nível de atividade (PIB, emprego e uso da capacidade instalada) atestam o agravamento da situação. Segundo dados do mercado financeiro, este ano a estimativa de encolhimento do PIB passou para 3,89%. A inflação permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5%, fixado para este ano.  Entre 2014 e 2015 o setor perdeu mais de 780 mil postos de trabalho. Na Bahia, foram 90 mil demissões na construção civil, a taxa de desocupação atingiu 10,9% e atinge 11 milhões de brasileiros, de acordo com o IBGE. Tudo isso, gera retração, diminuição da renda e confiança das famílias e empresas.
 
Para que haja uma retomada do setor da construção é fundamental que sejam enfrentados os gargalos, como o excesso de burocracia, com impacto no custo final dos imóveis, o que acaba por restringir o mercado imobiliário. Além disso, é emergencial que se realizem reformas estruturantes que melhorem o ambiente de negócios. A solução desta questão passa pela diminuição do Estado e pelo estabelecimento das Parcerias Públicos Privadas (PPP).
 
No atual momento econômico é imprescindível que se limitem os gastos públicos, outras ações são as linhas alternativas de crédito, como o financiamento em bancos privados e os consórcios. Embora a construção civil tenha diminuído os lançamentos de imóveis, a procura por imóveis, especialmente os prontos e usados, não deve diminuir, permanecendo positiva. Além disso, a aprovação do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) na capital baiana pode ajudar a cidade a superar as dificuldades e retomar o caminho do crescimento e da geração de emprego. Assim como a construção civil foi o setor que primeiro sentiu o impacto da recessão, iniciada no ano passado, o movimento de recuperação também pode ser ágil, se forem adotadas as medidas adequadas para o estímulo à atividade. (Artigo do presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos)