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Notícias



Setor da Construção

10 de Novembro de 2016

SINDUSCON-BA realiza IV Seminário Discutindo Segurança e Saúde na Construção

O SINDUSCON-BA realizou nesta quarta-feira, 9, a 4ª edição do Seminário Segurança e Saúde na Indústria da Construção, na sede do sindicato. Abrahão Sobral, engenheiro de Segurança e Saúde no Trabalho do SINDUSCON-BA e Sesi iniciou o evento apresentando o Guia de Prevenção de Acidentes nos Canteiros de Obras, elaborado pelo sindicato. “Dez empresas contribuíram com a produção do nosso Guia, sinalizando que seria interessante conter no Manual orientações de boas práticas nos canteiros, check list para ser utilizado nas obras e indicador de desempenho, para que as firmas pudessem acompanhar este processo. O tema “Choque Elétrico” foi escolhido por se  tratar da principal causa de acidente fatal na indústria da construção assim como quedas e soterramentos, dando início ao nosso trabalho. Este Guia está disponível para os associados no site do SINDUSCON-BA”, afirmou.
 
“Hoje é comum buscar soluções diversas para alcançar uma maior produtividade e diminuição de custos nos canteiros de obras, através do improviso, porém, muitas vezes o improviso pode causar atrasos e aumento no custo da obra. Por isso, as construtoras devem substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método de trabalho”, informou Flávio Nunes, auditor fiscal do trabalho em sua palestra sobre Gestão de SST na Construção Civil.
 
Para o diretor de relações institucionais do SINDUSCON-BA, Vicente de Mattos o setor da construção civil está mais atento e evoluindo. “A improvisação não é uma constante, as empresas formais estão cada vez mais tecnológicas, com projetos estruturados, com planejamento e focados na prevenção de acidentes, para atender da melhor forma as normas e demandas”, ressaltou.
 
Na ocasião também foi exibido o cenário da Segurança e Saúde do Trabalho na Indústria da Construção no Estado da Bahia e os números mostram uma retração do setor. “De janeiro até setembro de 2016 ocorreram 303 fiscalizações no setor da construção civil no Estado, identificamos 330 trabalhadores sem registro e embargamos 30 obras. A média mensal de fiscalizações no setor em 2012 foi 156 empresas contra 34 em 2016, o que representa um enfraquecimento do setor da construção civil”, explicou Maurício Melo, auditor Fiscal do Trabalho.
 
Maurício também apresentou dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT) do ano de 2010 a 2014. “Acidentes de trabalho liquidados-óbitos em 2010 foram contabilizados 28 casos e em 2014, 25 ocorrências. Registro de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT’s) em 2010 foi registrado 23 casos e em 2014 20 casos. Os dados apresentados sinalizam uma redução no número de acidentes, isso porque as empresas estão mais preocupadas com a qualidade de vida dos trabalhadores e com a segurança nos canteiros de obra e,  consequentemente, aumento da produtividade, fomentando a adoção de comportamento de prevenção permanente voltado para a redução substantiva dos riscos ao trabalhador”, complementou.