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01 de Setembro de 2015

Salvador tem duas obras de saneamento do PAC atrasadas

Segundo um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil divulgado hoje (1º) a maioria das obras de água e esgoto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas grandes cidades do país está em situação inadequada em relação a seus cronogramas. Em salvador duas obras estão com cronograma atrasado. Uma que melhoraria o sistema de esgoto da Região Metropolitana e outro que requalificaria o sistema na ilha dos frades e região. Das 337 obras planejadas para os municípios acima de 500 mil habitantes (41 cidades no total), 175 (52%) estavam paralisadas, atrasadas ou ainda não haviam sido iniciadas em dezembro do ano passado. Já 29,1% dos projetos analisados (ou 98 obras) estavam concluídos no final de 2014. Desse total, porém, 19 obras estavam fisicamente prontas, mas ainda apresentavam pendências e não haviam sido entregues para uso público.
 
“As obras de água e esgoto formam uma amostra muito relevante do PAC, de R$ 21,1 bilhões, e isso é muito dinheiro. Escolhemos o recorte de cidades grandes porque teoricamente elas sabem fazer projetos, licitações. Isso agrava o quadro, pois apesar de notarmos um avanço nas obras concluídas, metade delas ainda têm problemas”, diz o presidente do instituto, Édison Carlos. De acordo com o levantamento, os principais problemas citados pelos tomadores dos recursos das obras que estão em situação inadequada são atrasos na elaboração de projetos executivos e em licitação, dificuldades e demora na obtenção de licenças de órgãos ambientais, adiamentos por conta da crise hídrica, entre outros.
 
Da amostra total, 181 são obras de esgoto. Neste recorte, o percentual de obras inadequadas é ainda mais alto que a média das obras de saneamento no geral: 54% dos projetos estavam paralisados, atrasados ou ainda não foram iniciados. Entre 2013 e 2014, houve um aumento no número de obras paralisadas, que passaram de 34 (19%) para 38 (21%). Ao mesmo tempo, porém, houve queda nas obras atrasadas - de 32 (18%) para 30 obras (17%). O percentual de obras concluídas também cresceu, passando de 15% para 26%.