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11 de Agosto de 2014
Saldões de construtoras facilitam compra de imóvel
O preço da casa própria está mais acessível ao bolso do brasileiro.
O metro quadrado do imóvel pronto sobe abaixo da inflação em algumas capitais e já acumula queda em outras, caso Brasília. Além disso, as empresas do setor correm para desovar os altos estoques.
A explicação está no front macroeconômico.
Sucessivos indicadores - da indústria ao varejo - reforçam a desaceleração da economia brasileira, que pode crescer menos de 1% neste ano.
O pessimismo entre consumidores é agravado pelo endividamento familiar (na média, de 46% da renda, pelos dados do BC).
Mais caras, as concessões de crédito imobiliário também estão em queda.
Após avanço na casa dos 95% de 2011 a 2013, caíram 2,2% entre os meses de junho de 2013 e 2014, segundo o BC.
Os juros reais (descontada a inflação) do financiamento imobiliário foram de 1,5% para 2,5% ao ano na mesma comparação - seguindo a trajetória de alta da taxa Selic.
Com isso, os preços reais dos imóveis no Brasil estão no menor patamar desde o pico observado em 2011, quando a euforia tomava conta do setor.
"Os preços estavam inadequados no 1º trimestre de 2011 e hoje estão num patamar justo", diz o professor João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP.
"Ou seja, são suficientes para pagar os custos de construção e garantem uma remuneração adequada às empresas pelo risco."