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Economia
21 de Dezembro de 2016
Rui sugere pacote de governança para a economia
Ao avaliar a situação da economia brasileira, o governador Rui Costa (PT) sugeriu que é preciso haver uma colaboração mútua entre as forças políticas para que o Brasil supere as dificuldades, mas ressaltou que espera ser surpreendido em 2017.
“O impacto disso é gigantesco, no desemprego principalmente. Acho que se houvesse um pacto de governança que envolvesse as diversas forças políticas, a situação apresentaria melhoras. Enquanto não pacificar a crise política e constitucional, o país não voltará a crescer. A imagem do Brasil está no chão perante outros países, e com isso o país não conseguirá atrair investimentos internacionais”, acredita, e acrescentou que propõe o pacto enquanto governador, não como membro do PT.
“Propus a Dilma uma reunião mensal com todos os governadores, mas ela não fez. E a mesma coisa eu já falei ao [Michel] Temer. É uma pactuação política e institucional. Nós montamos um monstrengo”, declarou, em encontro com jornalistas na tarde de ontem, em seu gabinete, na Governadoria.
Rui disse ainda que o ano de 2016 foi pior do que se imaginava para a economia. “O ano foi muito ruim. As pessoas achavam que 2016 seria mais ou menos, mas um dado resume como foram esses dois anos. Durante toda minha existência, não teve por dois anos seguidos o Brasil com PIB negativo. Sempre que um dava negativo, o outro dava positivo. Mas estamos conseguindo atravessar essa crise”, prosseguiu. Por conta disso, o governador acredita que, se a economia não melhorar, não haverá possibilidade de conceder aumento para os servidores em 2017.
Ao ser questionado se houve algum tipo de má-vontade após a mudança de governo com a Bahia? Rui respondeu: “Eu não posso expressar isso. Não teve nenhum fato concreto que posso citar uma má vontade. Tem uma má vontade com todos os estados. Ontem [anteontem] conseguimos uma liminar da CIDE (tributo incidente sobre a importação e comercialização de combustíveis). O governo federal aprovou uma lei de organização orçamentária que capou o dinheiro da CIDE dos estados. Conseguimos com o STF uma liminar obrigando o governo federal a devolver o dinheiro da CIDE dos Estados. Há uma queixa geral que existia com Dilma e continua com Temer em relação ao pacto federativo e ao tratamento do governo com os estados. Em qualquer outra nação do mundo, os estados têm muito mais autonomia”. Sobre a saída de Geddel, Rui afirmou que não sentiu falta.