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09 de Setembro de 2022

Redução nos preços dos combustíveis provoca nova deflação no País

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou queda de 0,36% em agosto, em relação ao mês anterior. Foi a segunda deflação consecutiva do indicador oficia da inflação no País. Em julho, a variação foi de -0,68%.

Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a última vez que o IPCA caiu, por dois meses consecutivos, foi no início da pandemia no Brasil, em abril e maio de 2020. Além disso, a variação foi a menor para um mês de agosto desde 1998 (-0,51%). Ou seja, o Brasil registrou a menor inflação, para um mês de agosto, dos últimos 24 anos.

Em agosto, mais uma vez, o resultado foi especialmente influenciado pela queda no preço dos combustíveis, o que levou o grupo “transportes”, a registrar recuo de -3,37%.  Neste mês observou queda nos preços do gás veicular (-2,12%), no óleo diesel (-3,76%), no etanol (-8,67%) e na gasolina (-11,64%).

Compõem o IPCA o grupo alimentação e bebidas que, em agosto aumentou 0,24%, habitação (0,10%), artigos de residência (0,42%), vestuário (1,69%), transportes (-3,37%), saúde e cuidados pessoais (1,31%), despesas pessoais (0,54%), educação (0,61%) e comunicação (-1,10%).  Particularmente no grupo habitação, ressalta-se a queda na energia elétrica residencial (-1,27%).

O IPCA acumulou, nos primeiros oito meses do ano, alta de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%.  É a primeira vez, desde agosto 2021, que a inflação oficial no País fica abaixo da casa de 10%.

“Sem dúvidas a queda do IPCA é uma boa notícia. A menor pressão da inflação traz benefícios para toda a economia, pois pressiona menos o custo das famílias”, destacou a economista.

Vasconcelos ressalta que há 10 semanas consecutivas às expectativas para a inflação de 2022 vêm registrando sucessivas quedas. Conforme a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central, o IPCA encerrará o ano em 6,61%. “Essa projeção já foi de 9%.  Por outro lado, as estimativas para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) vêm apresentando altas, demonstrando, então, melhor dinamismo da economia”, salientou.

Fonte: CBIC