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Setor da Construção
13 de Maio de 2016
Primeiro painel do 88º ENIC trouxe desafios do governo Temer
Os desafios do presidente interino Michel Temer e os erros da presidente afastada, Dilma Rousseff, deram a tônica do primeiro painel do 88º ENIC (Encontro Nacional da Indústria de Construção), que se propôs a debater o crescimento sustentado e reformas que o país precisa implementar.“O próximo presidente tem que vir a público dizer que estamos em uma emergência fiscal”. A avaliação é do economista e consultor internacional de negócios, Cláudio Frischtak, que proferiu palestra na manhã desta quinta-feira (12).
O evento, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com realização do Sinduscon Paraná-Oeste, acontece em Foz do Iguaçu (PR) e reúne especialistas e representantes da indústria. Nos debates, que envolvem as Comissões Técnicas da CBIC e co-realizados com o SENAI Nacional e SESI Nacional, são discutidas propostas para ajudar o setor e o Brasil a saírem da crise econômica atual.
Para Frischtak, o novo governo de Michel Temer tem a chance de construir as pontes para atrair os investimentos que o Brasil precisa para voltar a crescer. Ele elogiou os nomes que foram apresentados até agora para compor a nova equipe, avaliando que eles são um quadro “razoável” para enfrentar a crise que o país enfrenta. O principal nome na área econômica será Henrique Meirelles. O ex-presidente do Banco Central comandará o Ministério da Fazenda.
Em outro painel, o cientista político e professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Marcus Melo, avaliou que Temer terá dois “tsunamis” para enfrentar em seu governo: a operação Lava-Jato, que investiga desvios na Petrobras e que já teve o seu nome citado, além do processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que investiga recursos destinados à campanha de Dilma e Temer em 2014 e pode culminar na cassação de seu mandato. “Temer irá governar uma ilha tropical sujeita a tsunamis”, comparou. “Temer terá o efeito de poder deslocar a culpa”, destacou.