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Setor da Construção
21 de Outubro de 2014
Prédios comerciais alavancam construções sustentáveis no Brasil
Hoje, a maioria dos projetos de edifícios corporativos em São Paulo elaborados e no Rio de Janeiro são sobre preceitos sustentáveis, uma vez que os prédios chancelados por selos de sustentabilidade oferecem maior retorno financeiro aos investidores e aos operadores.
O número de edifícios certificados no Brasil deu um salto de 20 para 497 nos últimos cinco anos.
“O crescimento é irreversível, até porque a demanda das grandes empresas, que é atendida pelas construtoras, avança cada vez mais e isso é o que vai continuar puxando o segmento, principalmente entre as edificações corporativas”, destacou o diretor de Sustentabilidade do Secov- SP, Hamilton Leite.
Duas certificações contemplam o mercado brasileiro: a americana Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) e a francesa batizada em português de Alta Qualidade Ambiental (Aqua-HQE).
Juntos, os selos contemplam os quase 500 edifícios chancelados.
De acordo com o consultor de sustentabilidade Luiz Henrique Ferreira, o selo Leed, que atesta a redução do consumo de energia e água em cerca de 30%, se tornou padrão entre as construções corporativas por assegurar maior retorno financeiro aos investidores.
A taxa de ocupação de empreendimentos comerciais sustentáveis pode ser até 23% maior em relação aos tradicionais, enquanto o valor da locação é, em média, 8% mais alto.
Um dos principais fatores que desencadearam essa evolução foi a redução contínua do custo extra.
Em 2007, quando uma agência do Banco Real, em São Paulo, recebeu pela primeira vez um selo de sustentabilidade no Brasil, o acréscimo no preço da obra foi de 30%.
Esse percentual foi caindo até chegar à média atual de 10,5% para incorporadoras que não têm larga experiência com este tipo de construção.
Já para as incorporadoras experientes, o custo extra soma 5,1%, de acordo com dados publicados no livro “Tornando Nosso Ambiente Construído Mais Sustentável”, de autoria do consultor norte-americano Gregory Kats, traduzido para o português pelo Secovi-SP.