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Notícias



Setor da Construção

06 de Janeiro de 2015

Preço do ferro pode inviabilizar produção na Bahia e comprometer o Porto Sul

O projeto de exploração de minério de ferro em Caetité na Bahia, que vem sendo tocado pela Bamin Mineração, está com sérios problemas para a sua consecução, o que pode adiar ou mesmo inviabilizar o início de operação da empresa. Caso isso ocorra a viabilidade econômica da Ferrovia Oeste-Leste estará comprometida, pois toda sua engenharia econômica é baseada no transporte de cerca de 20 milhões de toneladas de minério de ferro da empresa.  

O maior problema da Bamin é o preço da tonelada do minério de ferro que caiu para US$ 68,00 por tonelada em dezembro, no mercado à vista da China para um teor de 62% de ferro. Esse preço não viabiliza a operação da Bamin, pois seu projeto foi feito supondo uma cotação do minério de ferro a US$ 100, ou no limite US$ 80 por tonelada. A Bamin enfrenta ainda problemas de ordem administrativa e financeira. Há dúvidas quanto a capacidade da ENRC – Eurasian Natural Resources Corporation, empresa do Cazaquistão que controla a Bamin,   de aportar os recursos para desenvolver o projeto.
 
Envolvida em casos de corrupção e investigações criminais, segundo consta em blogs internacionais ligados ao setor, a empresa deixou de negociar suas ações na Bolsa de Valores de Londres. Além disso, existem notícias dando conta de que a empresa Zamin, que havia comprado a jazida de Caitité, por apenas US$80 milhões e revendeu por US$1 bilhão ao grupo ENRC, teria entrado com uma ação na Inglaterra contra a ENRC que não teria efetuado o último pagamento de US$220 milhões pela compra da jazida.

Fontes não oficiais da empresa afirmam que na atual situação seria muito difícil viabilizar mais recursos para investir US$ 1,1 bilhão na construção do Porto Sul e que já se estaria estudando na empresa a possibilidade de exportação via Porto de Aratu, o que já vem sendo feito em condições experimentais. A Bamin já investiu pelo menos US$ 200 milhões no desenvolvimento do projeto. O Bahia Econômica está entrando em contato com a empresa e fontes governamentais para dar mais informações ao leitor.