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Geral

19 de Junho de 2015

Prazo para conclusão do projeto da ponte até Itaparica é de seis meses

Muito mais que vencer os desafios da engenharia e do planejamento, o Governo do Estado tem um desafio ainda maior para viabilizar a construção da ponte Salvador-Itaparica,  sobre 12 quilômetros do mar da Baía de Todos os Santos. Ligar a capital à Ilha de Itaparica, vai custar R$ 7 bilhões, dinheiro que foge das possibilidades orçamentárias do Estado e que apenas com a participação da iniciativa privada poderá viabilizar o projeto.
 
O custo estimado de R$ 7 bilhões contempla não só a construção da ponte, com aproximadamente 12 quilômetros de extensão sobre a Baía de Todos os santos, mas também a duplicação da rodovia que irá até Santo Antonio de Jesus, e a ligação, pelo rio Paraguaçu, até a BR-242, além da melhoria da BA-001 até Ilhéus e o trecho de 35 quilômetros ligando as cidades de Belmonte a Canavieira e de lá até Porto Seguro. A proposta é que esses investimentos sejam possíveis com o sistema de Parceria Público Privada (PPP).
 
E por isso mesmo é que o secretário estadual do Planejamento, e vice-governador, João Leão, vem realizando um périplo por diversos setores da política e da economia, não apenas para apresentar o projeto, mas para vendê-lo, atraindo os interesses dos empresários e até mesmo de investidores estrangeiros. O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), base para a elaboração de Projeto de Parceria Público-Privada (PPP) deverá ficar pronto até o final deste ano, e a partir daí será a corrida para atrair empresários que topem custear o projeto em parceria com o governo.
 
Ontem (18), em um almoço promovido pelo Rotary Clube da Bahia, na Casa do Comércio, em Salvador, o vice-governador e secretário estadual do Planejamento, João Leão, tentou mais uma vez convencer os empresários a investirem no projeto, argumentando que ele será o maior vetor de desenvolvimento na Bahia nos últimos anos e que vai permitir integrar a capital não apenas à Ilha de Itaparica, mas ao Sul e Extremo Sul do Estado, além de diversos municípios do Recôncavo.   O evento, feito para anunciar a posse do novo Conselho Diretorcontou com palestra de João Leão que falou no painel “Estratégia para o Desenvolvimento do Estado da Bahia”, traçando metas e objetivos que deverão ser realizados cm a participação do empresariado baiano.
 
A grande aposta do vice-governador do Estado, João Leão, está nos empresários chineses, que na semana passada estiveram visitado Salvador para conhecer detalhes do Sistema Viário Salvador-Itaparica, projeto no qual está inserida a construção da ponte Salvador – Ilha de Itaparica.
Acompanhados do vice-cônsul geral da China no Brasil, Song Yang, e tendo na comitiva representante do China Development Bank (CDB), que equivale ao brasileiro BNDES, os empresários conheceram os projetos de infraestrutura existentes na Bahia e as oportunidades de investimentos no estado, a exemplo da energia eólica, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), Porto Sul e, principalmente, a ponte.
 
O vice-governador nega que sejam apenas os chineses interessados no projeto da ponte Salvador-Itaparica,mas admite que são boas as chances dessa parceria ser efetivada. “Em seis meses a PMI estará concluída e aí iniciaremos a busca pelos investimentos, que podem ser de empresas isoladas ou em consórcios, com a participação dos governos federal e estadual”, disse. Segundo o secretário, os chineses demonstraram bastante entusiasmo com os projetos. “Achamos as reuniões muito proveitosas. Os empresários chineses demonstraram interesse em participar dessa concessão”, afirmou João Leão.
 
O Sistema Viário Oeste, que engloba a ponte Salvador-Ilha de Itaparica, criará um novo vetor de desenvolvimento no estado, impactando 4,4 milhões de habitantes de 45 municípios da Bahia. Com a criação da ponte Salvador- Ilha de Itaparica e demais intervenções viárias presentes no projeto.  A construção da ponte Salvador-Itaparica e as obras adjacentes, conforme estudo da Secretaria Do Planejamento, vai impactar diretamente na região, que deverá receber investimentos públicos e privados três vezes maiores do que os recursos gastos na obra, que tem previsão de durar quatro anos. Para isto, o plano de desenvolvimento da região prevê o estímulo a nove áreas: educação, saúde, segurança pública, logística, indústria naval, turismo, agricultura, comércio e construção civil. Em 30 anos, a expectativa é que o crescimento destas atividades possibilite a criação de 100 mil novos postos de trabalho.