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Notícias



Setor da Construção

02 de Dezembro de 2014

País deixa de fazer mais de 33% das obras antiapagão

Mais de um terço das obras indicadas pelo Operador Nacional do Sistem Elétrico (ONS) como prioritárias para garantir o abastecimento elétrico do País deixa de ser executada pelo governo. A informação consta do Plano de Ampliações e Reforços (PER), relatório do ONS que acaba de ser concluído.

Nesse documento, que é atualizado anualmente, o órgão responsável pela gestão do suprimento nacional de energia define quais os projetos atrelados à transmissão e de energia devem entrar em operação nos próximos três anos, para evitar riscos de pane e apagões.

A lista de empreendimentos também aponta a necessidade de erguer novas subestações de energia. No balanço que acaba de ser concluído, o ONS destaca que, de um total de 310 obras que precisam ser construídas entre 2015 e 2017, 34% são empreendimentos que já foram pedidos em estudos anteriores, mas não foram licitados pelo governo. Por isso, são novamente cobrados pelo operador do sistema elétrico.

Pelos cálculos do ONS, o governo teria de investir R$ 13,8 bilhões nessas ações de ampliação e reforço de linhas de transmissão. Ocorre que boa parte dos projetos nem sequer tem previsão de ser objeto de leilão.

Os dados apontam que, dos 45 mil quilômetros de novas linhas de transmissão que precisam entrar em operação nos próximos três anos, 10,2 mil quilômeros ainda não têm previsão de concessão, ou seja, não estão no planejamento para serem leiloadas.