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22 de Julho de 2014
O pós-Copa do mercado imobiliário
Não faltaram especulações sobre o que aconteceria ao mercado imobiliário após a Copa do Mundo. E a maioria era bastante catastrófica com a previsão de imóveis encalhados e preços caindo drasticamente.
Agora, contudo, o mercado parece estar se recuperando.
Acreditam os analistas, o sucesso do evento e a visibilidade do país podem atrair bons negócios.
“No longo prazo, acredito que os imóveis acompanhem a inflação. Mas é preciso estar atento também ao mercado de trabalho. No último ano e meio, o preço dos imóveis acompanhou a renda das famílias, que subia acima da inflação. Agora, quando começa a haver uma deterioração do mercado de trabalho e um ambiente econômico delicado, o que se viu no primeiro semestre foi uma desaceleração nos preços, que tende a continuar nos próximos meses”, avalia Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap.
“Vamos voltar à normalidade. Tanto na demanda por imóveis como na questão do preço que, acredito, vão acompanhar a inflação. Quedas, assim como aumentos, podem acontecer em alguns casos específicos, mas na média, acho que os preços se mantêm”, acredita Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio.
O primeiro semestre, contudo, não foi nada bom.
Enquanto os lançamentos se concentraram nos dois primeiros meses do ano - especialmente por conta do calendário repleto de feriados -, o mercado de usados viu as vendas caírem.
Durante o evento, então, o movimento foi ainda pior. Construtoras e imobiliárias consultadas pelo Morar Bem não venderam nada nos 32 dias da Copa.
“A Copa funcionou quase como férias. O mercado parou. Ninguém lançou nada, ninguém vendeu nada. Então, a expectativa para este segundo semestre é que as coisas voltem ao normal”, analisa Roberto Sampaio, diretor da Real Estate da Empírica Investimentos, empresa gestora de fundos de investimentos e imobiliários.