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Mercado

21 de Outubro de 2014

O impacto da burocracia no mercado imobiliário

O excesso de burocracia na construção civil pode elevar em até 12% o valor de um imóvel, além de até dobrar o prazo de entrega do bem.

Os dados são de um estudo realizado pela CBIC, que analisou os principais gargalos que interferem no desenvolvimento dos empreendimentos imobiliários no país.

De acordo com o levantamento, os entraves se estendem por toda a cadeia produtiva, envolvendo instituições públicas e privadas, mas são mais críticos nas fases iniciais do projeto.  

Além de apresentar os principais entraves, o estudo propôs a redução da burocracia, sugerindo melhores práticas que envolvam a análise e a aprovação dos projetos imobiliários e os processos dos cartórios, assim como a revisão e padronização das legislações.  

A eficácia da tramitação depende também do empenho das empresas em entregar projetos completos e com toda a documentação necessária.
 
O próprio crescimento da construção civil nos últimos anos é apontado pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins, como um dos fatores que aumentou a burocracia do setor.

“Saímos de R$ 2,3 bilhões em financiamentos imobiliários em 2003 para R$ 110 bilhões em 2013. Então, aquilo que, já incomodava, chegou a um ponto insuportável, porque os agentes envolvidos não evoluíram na mesma velocidade", avalia. 

Os principais problemas que afetam as fases iniciais dos projetos envolvem questões relacionadas ao terreno e ao licenciamento da obra.

Falta de infraestrutura de energia, água e esgoto, atrasos na aprovação dos projetos pelas prefeituras, falta de clareza nas avaliações ambientais e mudanças nas leis relacionadas às obras já em andamento estão entre os outros itens apontados pelas empresas e instituições.