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Notícias



Setor da Construção

06 de Outubro de 2015

Minha Casa: trabalhadores podem ficar sem salário na Bahia

Com pagamentos pendentes de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões, as 25 empresas que atuam no Minha Casa Minha Vida na Bahia enfrentam dificuldades para pagar a folha. São cerca de 35 mil trabalhadores vinculados a estas empreiteiras ou a fornecedoras que atuam nos canteiros. Para o Sindicato da Indústria da Construção (SINDUSCON-BA), cerca de 40% das empresas não devem conseguir quitar os salários até esta quarta-feira (7), quinto dia útil do mês. “Não temos como garantir a continuidade das obras. O operário não trabalha se não receber e vai ter trabalhador que não será pago”, afirma Carlos Henrique Passos, presidente da entidade. Na noite desta segunda-feira (5), 12 empresas participaram de uma assembleia na sede do SINDUSCON-BA, onde acompanharam o andamento das negociações em Brasília.
 
Segundo Passos, a expectativa do setor é o resultado de uma reunião agendada para esta terça-feira entre o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, e o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive. Caso o pagamento saia na quarta-feira ou na quinta-feira, o fluxo das obras poderá ser retomado sem grandes percalços. Em maio, a Cbic denunciou um passivo de R$ 1,6 bilhão relativos às fases 1 e 2 do Minha Casa Minha Vida. Após um acordo em julho, que escalonou o pagamento de medições novas para 30, 45 e 60 dias, a questão foi equacionada. Em setembro, foram pagos todos os serviços com vencimento até 3 daquele mês, mas daí em diante aconteceram novos atrasos.