Mercado de máquinas de construção ainda passará por ajustes em 2015

As empresas de máquinas para construção aguardam uma retomada dos negócios, que têm apresentado ritmo bastante lento. Para 2015, a expectativa é de que o ano seja de ajustes para o setor.

O CEO da Brasil Máquinas, Marcio Lombardi, avalia que muitos investimentos de infraestrutura estão represados e precisam sair do papel.

O presidente da fabricante britânica JCB, Carlos Hernández, acredita que dificilmente o mercado de máquinas para construção terá um crescimento expressivo em 2015.  Segundo os executivos, nos últimos anos, houve um boom de novas marcas que chegaram ao mercado brasileiro, mas a demanda desacelerou, gerando uma capacidade ociosa.
 
Para Hernández o mercado deverá apresentar estabilidade no ano que vem.

"Sentimos retração tanto em obras públicas quanto no segmento imobiliário e, para 2015, a projeção é de apenas manutenção", disse. Lombardi considera que os estoques estão um pouco acima do desejado. Segundo ele, o cenário está cada vez mais difícil para o setor.

Para 2015, a projeção da Brasil Máquinas é de um faturamento de R$ 130 milhões, um incremento de 30% em relação ao projetado para este ano. "Cresceremos porque nossa política de gestão está muito mais agressiva", disse.

O presidente da JCB está mais cauteloso com as projeções. "Teremos algum crescimento em 2015, em torno de 5%, puxado mais pelo segmento agrícola, que também atuamos", afirma.