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22 de Maio de 2015

‘Os investimentos vão continuar’, diz Jorge Hereda, novo secretário

O novo secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda, toma posse nesta sexta-feira (22). Ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ele substitui Paulo Guimarães, que ocupou o cargo interinamente desde que o ex secretário James Correia deixou o cargo, no final de abril. Em entrevista publicada no Correio* ele falou sobre as prioridades no novo cargo.
 
O que se pode esperar do ano de 2015? – Eu acho que a situação é desafiadora. Não quero me comportar como autista. O mundo está em crise desde 2008, quase numa crise constante. Mas o que se vê hoje no Brasil é uma confusão entre luta política e a situação econômica do país. Por exemplo, a baixa atividade econômica compromete o emprego? Sim, mas a situação não está como dizem. Temos que limpar o clima de luta política das condições objetivas. Se você pensar no ano de 2015, o cenário pode indicar mais precaução e cuidados, mas a médio prazo os investimentos vão continuar acontecendo. O país não parou e a Bahia prova que a dinâmica continua. Tivemos investimentos no primeiro trimestre, protocolos assinados. As perspectivas de investimentos na Bahia para os próximos anos são entre R$ 50 e R$ 75 bilhões, entre protocolos assinados e investimentos sendo feitos.
 
O senhor acredita que os investimentos da JAC e Foton ainda vão se concretizar? - Eu vi aqui na secretaria, ouvi do governador Rui Costa, o desejo de priorizar isso. O meu desejo é viabilizar isso o mais rápido possível. Óbvio que ninguém abre mão de um investimento desse tipo. Há um envolvimento grande da equipe, do governador, que eu assumo também, no sentido de tentar viabilizar.
 
Falta as empresas fazerem a parte delas? - Não diria isto. Existe um trabalho de construir essa equação. Tem coisas que as empresas têm que fazer e tem todo o apoio que o estado tem dado.
 
Existe dificuldade em relação à disponibilidade do recurso? - Eu não tenho ainda esse nível de informação.
O modelo de atração de investimentos é muito focado em desoneração de impostos e o governador já sinalizou o desejo de se afastar deste modelo.
 
Como o senhor vê esse cenário? - Eu acho que esta ideia de que a única motivação para uma empresa se instalar em um lugar ou em outro baseada em isenção fiscal não é bom para ninguém. Quando isso acaba, é possível que a empresa se transfira etc. Mas eu também acredito que aquilo que puder ser feito para atrair empresas deve ser feito. Quando mudar, nós nos adaptaremos. Mas enquanto a questão dos incentivos imperar, teremos que ter capacidade de disputar.
 
Como o senhor vê o projeto do Porto Sul? - É óbvio que o porto, as ferrovias, são muito importantes, como são importantes os investimentos em energia. Não consegui ainda descer aos detalhes em relação aos problemas, mas qualquer ação estruturante, com nível de investimentos grandes, demanda paciência