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14 de Julho de 2014
Leilões de imóveis dobram em 2014
O crescimento da carteira de crédito imobiliário começa a se refletir na quantidade de imóveis leiloados devido à inadimplência do mutuário.
De janeiro ao fim deste mês, 346 imóveis terão sido leiloados.
O número já supera em 15,7% tudo o que foi levado a hasta em 2013, segundo a CEF.
O crescimento do número de leilões não pode ser atribuído ao aumento do nível de inadimplência.
Apesar de a taxa média de calote do setor ter passado de 1,7%, em janeiro, para 2% em maio, conforme o Banco Central, ela permanece praticamente no mesmo patamar de igual período de 2013, quando ficou em 2,2%.
No entanto, a carteira de crédito imobiliário continuou crescendo. Segundo a Abecip, nos primeiros cinco meses do ano foram financiados R$ 44,1 bilhões para aquisição e construção de imóveis, 15% mais do que em igual intervalo de 2013.
De acordo com o coordenador de vendas da Caixa, Newton Miranda, os leilões deste ano refletem a inadimplência de 2013.
Ele explica que há um trâmite legal antes que o imóvel vá a leilão.
"Assim que o consumidor para de pagar pelo imóvel, o bem vai a cartório, tramita em diversos setores do banco e só depois vai a certame", explica.
Por isso, o reflexo é tardio.
Por conta dessa tramitação, a variação da inadimplência sobre a base ampliada de mutuários, entre janeiro e maio, ainda vai contribuiu para que a quantidade de imóveis levados a leilão dobre.
Nos 12 meses entre junho de 2013 e maio de 2014, de acordo com a Abecip, o volume de empréstimos para compra e construção de imóveis no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançou R$ 114,8 bilhões, com alta de 25%.