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15 de Abril de 2015
Investimento deve continuar em queda em 2015, prevê FGV
Depois de atingir, em 2014, a menor taxa dos últimos cinco anos, os investimentos deverão continuar em queda este ano. É o que preveem os pesquisadores José Roberto Afonso e Bernardo Fajardo, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). "A perspectiva é negativa e a situação, bastante complicada", resumiu Fajardo. O ajuste nas contas públicas, a crise das construtoras e o rebaixamento da nota de crédito da Petrobrás serão os principais obstáculos.
O trabalho decompõe os investimentos nos últimos 20 anos entre setor privado, setor público e empresas estatais. O objetivo foi compreender como cada grupo atuou na formação bruta de capital fixo no País e, assim, traçar uma perspectiva para o futuro e uma estratégia de recuperação.
Eles constataram que o setor privado, responsável pela maior fatia dos investimentos, atua conforme os ciclos de alta e baixa da economia. De forma que, no atual quadro, tende a reduzir seus gastos em expansão da capacidade de produção. A menos que haja um conjunto de estímulos consistentes, e não as desonerações tributárias e subsídios localizados que marcaram o governo anterior. O setor enfrenta no momento um grande gargalo, que é a redução e encarecimento do crédito.