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10 de Março de 2015

Indústria baiana sobre queda de 12% em janeiro, o pior desempenho do País

A produção industrial da Bahia caiu 10,1% em janeiro de 2015 em relação a dezembro de 2014, a maior queda desde outubro de 2013. A Bahia apresentou o pior resultado do país, sendo que outros estados registraram crescimento expressivo, a exemplo de Pernambuco que cresceu 13,1%, São Paulo 7,1% e Minas Gerais 6,5%. A situação mostra-se mais grave, já que em dezembro a indústria baiana sofreu queda de 8,0%.  A paralisação de uma unidade de produção de combustível influenciou, mas outros setores também apresentaram queda. Em relação a janeiro de 2014, a queda foi ainda maior de 12,1%, com sete das doze atividades pesquisadas mostrando redução na produção.
 
Nessa comparação, a produção de derivados do petróleo e biocombustíveis caiu 50,7%, influenciado, em grande parte, pela paralisação na produção de importante unidade produtiva do setor, o que explica parte da queda, mas outros setores como metalurgia que apresentou queda de 17,9% e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, cuja redução na produção foi de 75,7%. A produção de produtos químicos caiu 2,4% e de bebidas 17%. Apenas a produção de automóveis, por causa da base de comparação deprimida, já que recuou 61,4% em janeiro de 2014, mostrou recuperação e cresceu 145,2%. Houve também crescimento em relação à produção de celulose, papel e produtos de papel, com incremento de 16,6%, produtos alimentícios com aumento de 4,7% e couros, artigos para viagem e calçados que ampliou a produção em 12,3%. Analistas ouvidos pelo Bahia Econômica, mostram-se preocupados com a situação da indústria na Bahia e surpresos com a pouca atividade da FIEB em defesa do setor.
 
“A indústria baiana tem problemas na área de energia, os impostos estaduais tem crescido, os custos também, e a FIEB não se manifesta sobre esses assuntos, preservando o governo do Estado. Agora mesmo o Estado está em vias de conceder um empréstimo de R$ 120 milhões a um grupo de fora da Bahia, sem maior tradição industrial, enquanto os verdadeiros investidores baianos ficam sem nada”, disse um empresário ligado a um sindicato industrial forte, mas que preferiu não se identificar. O Bahia Econômica têm reiteramente tentado ouvir o Presidente da FIEB e seus diretores, mas eles não retornam as ligações.