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16 de Abril de 2015
Impacto do aumento da energia também vai ser sentido no comércio
Para o setor industrial, o reajuste da conta de luz vai deixar a energia 13,34% mais cara. Segundo o coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Marcos Galindo, o aumento acaba realimentando a inflação e o ciclo negativo na economia. “A conta está aí e tem que ser paga, mesmo sendo injusta com o setor produtivo e o consumidor”, afirma. Ainda que a indústria absorva o impacto imediato, fatalmente o consumidor vai sentir isso mais adiante, diz. “É um impacto severo. A gente sempre vê com apreensão esse tipo de aumento, porque, inevitavelmente, isso vai chegar à prateleira das lojas e na oferta de serviços”.
No último ano, a média acumulada de reajuste para usuários que utilizam energia de alta tensão chegou a 16,4%. “É mais um reajuste para estrangular a vida da indústria em um momento que a economia está travada”. Ainda de acordo Galindo, a solução está na desoneração dos tributos presentes na conta de energia. “O que está acontecendo hoje é resultado de uma falta de investimento na nossa matriz energética. Não dá para assumirmos sozinhos um problema que atinge a sobrevivência das grandes, pequenas e médias empresas e, principalmente, o consumidor”.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) também não gostou do reajuste autorizado para a tarifa da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). Para o presidente da entidade, Carlos Andrade, o reajuste médio de 10,45% é resultado da falta de planejamento do governo. “É um preço exorbitante em um curto período de tempo. Fica difícil fazer negócio com uma carga tributária dessas”. Um índice próximo às estimativas da taxa de inflação anual em 8% seria até considerável pelo setor.