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Mercado

01 de Setembro de 2014

Imóvel quitado como garantia facilita empréstimo maior

Receber a casa de um cliente como garantia para um empréstimo sempre foi uma opção pouco ofertada pelos bancos brasileiros. Mas isso deve mudar.

Neste mês, o governo anunciou uma medida que permite que 3% dos recursos captados via poupança sejam usados como fonte de dinheiro para o crédito com garantia de imóvel, também chamado de home equity.

O estímulo poderá injetar até R$ 16 bilhões nessa linha de crédito, segundo previsão do governo.

Com mais fontes de recursos, a expectativa é de que os bancos reduzam os juros cobrados nessa linha.

Boa notícia para o consumidor, já que essa modalidade permite empréstimos de valores altos - os bancos emprestam até cerca de 60% do valor do imóvel dado como garantia.

Em contrapartida, o imóvel do comprador, muitas vezes o único da família, está em jogo, o que exige cautela.

De acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e diretor do Bradesco, o estímulo a essa linha é válido, uma vez que há um grande número de profissionais liberais que recorrem ao crédito pessoal para abrir ou ampliar seu negócio.

Além disso, no crédito com garantia de imóvel, os prazos para pagamento são mais longos e muitas vezes ultrapassam dez anos.

Não há dados oficiais do tamanho da carteira de crédito com garantia de imóvel no Brasil, mas os especialistas estimam algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.

Nos principais bancos, as taxas de juros giram em torno de 1,5% ao mês (ou cerca de 20% ao ano).