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Política
05 de Setembro de 2014
Governo acusa bancos de 'cautela excessiva com crédito’
O governo está incomodado com o que considera um "excesso de conservadorismo" dos bancos nas operações de financiamento e culpa o setor financeiro por uma parcela do resultado negativo na economia.
A equipe econômica avalia que os bancos enxugaram a oferta de crédito nos últimos meses, o que freou a economia.
Na avaliação dos economistas do governo, desde o início do ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic), em abril de 2013, os bancos têm sido mais restritivos do que indicava a política de juros do Banco Central.
Desde o início da alta da Selic, o chamado spread médio dos bancos nas operações de crédito para pessoa física cresceu 6,3 pontos porcentuais até julho deste ano.
Nesse período, a Selic teve alta de 3,75 pontos porcentuais. Spread é a diferença entre o que banco paga na captação do dinheiro e o que cobra no empréstimo.
Nesse intervalo de 15 meses, mesmo em um cenário de recuo da inadimplência, o crescimento anual do estoque de crédito em operações com empréstimos a juros de mercado desacelerou de 9,2% até abril de 2013 para 5% até julho deste ano, mostram os dados do governo.
Nos bastidores, o governo diz que gostaria de ver uma "iniciativa maior" dos bancos.
Até porque, segundo outra fonte da equipe econômica, o setor financeiro tem recebido a ajuda necessária.
Um exemplo de estímulo são os leilões de swap cambial que o governo tem oferecido há pouco mais de um ano.