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Mercado

26 de Março de 2014

Fontes alternativas já ganham espaço

O crédito imobiliário deve chegar a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até o fim do ano se mantiver o ritmo dos últimos tempos. A escalada é relativamente recente e ganhou velocidade nesta década. Em 2009 era equivalente a 2,8% do PIB, passou para 3,7% em 2010, para 6,8% em 2012 e fechou 2013 em 8,2% do PIB, incluindo operações com pessoas físicas e empresas.

No passado, o crédito imobiliário foi prejudicado pelos juros elevados e inflação alta, diz o sócio da Uqbar Educação & Informação Financeira, Pedro Junqueira. Mas isso mudou com a queda das taxas. A criação dos instrumentos de alienação fiduciária deram mais segurança à operação e também contribuiu para o aumento do interesse.

O funding tradicional é a caderneta de poupança e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os bancos devem canalizar 65% dos depósitos da poupança para o crédito imobiliário, sendo 52,5% a imóveis no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com juro de até 12% mais taxa referencial (TR). O restante pode ser repassado a taxa de mercado, no Sistema Financeiro Imobiliário. Na prática, os juros estão abaixo do teto por causa do comportamento da taxa básica (Selic) e da competição de mercado, incentivada, principalmente, pelos bancos públicos, diz Junqueira. Mesmo com a alta da Selic no último ano, a taxa média do crédito imobiliário está ao redor de 9% ao ano.