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Geral

07 de Janeiro de 2016

Ferrovia Oeste Leste tem trechos paralisados e deve rever cronograma

Dois trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão parados e a ferrovia deve ter seu cronograma revisto. O trecho de Ilhéus a Caetité já tem 70,1% de suas obras concluídas e estima-se que o trabalho seja concluído somente em dezembro de 2017. Mas, segundo reportagem do jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira, os canteiros da ferrovia deveriam ter 24 mil trabalhadores diretos e não pouco mais de mil, conforme indicado pela Valec em novembro.
 
No trecho entre Caetité e Barreiras o número de empregados diretos passou de 2.187, em fevereiro, para 510 em novembro, e o prazo para sua conclusão foi prorrogado até junho de 2018. Segundo informação do deputado Bebeto (PSB-BA), que preside o sindicato dos trabalhadores da construção do estado, a redução no ritmo de atividade da Fiol está relacionado ao corte no orçamento da Valec.
 
"Na virada para 2015, o orçamento disponível para todos os sete lotes da Fiol, (de Ilhéus a Barreiras) equivalia ao necessário para apenas um. Além disso, as empresas tiveram atrasos de até cinco meses para receber por obras já realizadas e tiveram desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, o que levou aos atrasos em pagamento de salários", disse o deputado.
 
A reportagem diz que o governo baiano desistiu, por ora, da construção do Porto Sul, que justificaria a exportação de minério ferro.  E ouviu o sócio da Inter.B consultoria e especialista em infraestrutura, Claudio Frischtak, que afirmou sobre a Fiol: — Não tem carga, não tem porto, e a Bahia concedeu licenciamento ambiental, mas ninguém tem dinheiro para construir. O projeto liga o nada a lugar nenhum. Já foi um desperdício enorme de recursos públicos. Se não fizerem nada, logo vão roubar os trilhos — disse.