Estaleiro pode fazer 600 novas demissões

Após demitir mais de três mil trabalhadores das obras civis, agora são cerca de 600 funcionários que podem ser demitidos da área industrial da Enseada Indústria Naval (EIN), informou o jornal A Tarde. “Diante do desaquecimento das atividades, novas demissões não estão descartadas”, afirmou a assessoria de comunicação da EIN.  Já o deputado federal Bebeto Galvão (PSB), que preside o sindicato dos trabalhadores da indústria pesada na Bahia (Sintepav), estima que a “sobrevida” do estaleiro baiano dure, no máximo, 40 dias. “Sem uma equação financeira, o estaleiro deve anunciar o fim também das atividades operacionais, como já o fez no nível construtivo”, prevê o parlamentar.
 
Desde o final do ano passado, já foram demitidas mais de três mil trabalhadores que atuavam na construção do estaleiro no município de Maragojipe, no Recôncavo baiano. No mês passado, o consórcio anunciou a paralisação das obras que estão em 82%.  Nem mesmo os R$ 125 milhões, liberados pelo Banco do Brasil no final de fevereiro, foram suficientes para segurar novas demissões em massa. "O dinheiro já foi usado como capital de giro, praticamente na mesma semana, para o pagamento de pequenas pendências de curto prazo", relatou a empresa. 

Fonte: Bahia Econômica