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25 de Fevereiro de 2015

Estaleiro Paraguaçu:indústria naval suspende obras até melhorar caixa

Sem dinheiro para manter as obras no Estaleiro Paraguaçu, em Maragojipe, a Enseada Indústria Naval (EIN), responsável pelo empreendimento, anunciou ontem o encerramento precoce das atividades do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) – empresa responsável pelas obras de implantação do canteiro, que estão 82% finalizadas. Até sábado, serão demitidos os últimos 100 trabalhadores do consórcio, que chegou a empregar diretamente sete mil pessoas no pico de obras ano passado. Atualmente, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav-BA), apenas 200 pessoas trabalham no estaleiro. Após as demissões, apenas a vigilância atuará no canteiro. O declínio do negócio começou com a operação Lava-Jato, que envolve a cliente Petrobrás e três das sócias do empreendimento – Odebrecht, OAS e UTC.
 
O empreendimento foi inaugurado em 2012, para produzir seis sondas para o pré-sal para a Sete Brasil, empresa que tem participação da Petrobrás que é responsável pela encomenda das plataformas de exploração. A Sete deve cerca de R$ 2 bilhões aos cinco estaleiros contratados. “Na Bahia ainda conseguimos garantir o pagamento dos direitos trabalhistas, inclusive de participação nos lucros atrasadas”, afirmou o vice-presidente do Sintepav-BA, Iraílson Warneaux. A preocupação do sindicalista é quanto a recolocação destes trabalhadores.   A assessoria da EIN assegurou que as atividades de fabricação das sondas terão continuidade.  “Tão logo o cenário de falta de liquidez vivido pela indústria naval brasileira seja superado, a própria Enseada retomará as atividades de finalização dos 18% restantes da obra”, afirmou, em nota, o diretor de Relações Institucionais de Sustentabilidade da EIN, Humberto Rangel. A empresa anunciou para março deste ano a finalização do Goliath, “um dos mais importantes equipamentos do Estaleiro, um superguindaste de 150 metros, o que equivale a um prédio de 50 andares, que tem a capacidade de içar blocos e megablocos com até 1.800 toneladas.