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Economia
10 de Agosto de 2015
Escassez do Crédito Imobiliário afasta sonho da Casa Própria para baixa renda
A mudança brusca no cenário econômico brasileiro afetou em cheio a construção civil e já impõe a busca de um novo modelo de financiamento habitacional, que mantenha o acesso à casa própria e garanta o desempenho do setor imobiliário. Entre 2004 e 2013, o setor da construção cresceu de forma bastante acentuada no Brasil. Impulsionado pela melhoria da economia, gerou emprego e renda para a população. As obras de habitação foram o grande destaque nesse período de ascendência que o setor vivenciou. Lançado em 2009, o programa Minha Casa Minha Vida nasceu com o objetivo de tornar a moradia acessível às famílias que não tinham condições de comprar a casa própria, especialmente a população de baixa renda.
Além disso, o programa contribuiu para impulsionar a habitação social. O Produto Interno Bruto (PIB) da construção, nesse período, registrou uma expansão de 57%, enquanto o PIB do país teve um aumento de 39%. “Hoje, o cenário é outro. É necessário que o setor estude novas formas de financiamento imobiliário e não fique tão dependente do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo)”, avalia José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “É
necessário que o governo sinalize um modelo de transição”.