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Economia

25 de Novembro de 2014

Economia baiana precisa de infraestrutura de logística e educação

A economia baiana sofre dos mesmos problemas de competitividade que a brasileira. Com dois agravantes: baixa escolaridade do trabalhador e infraestrutura ainda mais deficiente que a do Sul e Sudeste do país. “O Nordeste como um todo está em  grande desvantagem em relação a São Paulo, por exemplo, por causa da infraestrutura e dos indicadores educacionais”, diz Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral (FDC), de Minas Gerais, considerada a melhor escola de negócios da América Latina. 

Arruda, que irá abrir o seminário Competitividade e Capital Humano, do Fórum Agenda Bahia, explica que não há como fazer um ranking de competitividade econômica por estados aos moldes da listagem feita mundialmente pela FDC em parceria com o International Institute of Management Development (IMD).
 
“Muitos dos fatores que formam o ambiente de negócios de um estado dependem de decisões do governo central”, explica. No entanto, revela, é possível fazer reflexões sobre os problemas e as soluções para o ganho de competitividade dos estados. No caso da Bahia, Arruda acredita que há ainda um terceiro fator a ser vencido: a extensão territorial, o que dá ainda mais importância aos investimentos em infraestrutura.

“Falo, essencialmente, de infraestrutura básica, que é a de logística”, diz. Carlos Arruda acrescenta ainda a necessidade de investimentos na educação e em ciência e tecnologia. “Nenhuma economia é sustentável sem educação e sem infraestrutura”, ensina.
 
Para Cláudio Frishtack – da Inter B. Consultoria – o calcanhar de aquiles da economia baiana é mesmo a falta de integração logística. O segundo maior problema seria o da educação.

Em terceiro lugar ele aponta a necessidade de modernização administrativa do estado. “É preciso melhorar a qualidade dos serviços públicos de educação, saúde e segurança”, prega. “Não é um desafio impossível. O baiano tem mil qualidades. É um estado rico, tem o agronegócio no Oeste e a economia florestal no Sul. E é forte também no turismo”, complementa Frishtack, em tom otimista.