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02 de Maio de 2016
Demissões abrem espaço para reajustes salariais menores
A negociação de reajustes salariais com os operários da construção civil está cada vez mais difícil. Após aceitarem aumentos em linha ou até abaixo da inflação em 2015, sindicatos de trabalhadores de todo o País já sinalizam que a discussão neste ano deve se estender, alguns apontam para a possibilidade de greves, e existe até a perspectiva de crescimento das ações judiciais questionando propostas dos patrões.
'Discussões intensas devem ser uma característica do ano, porque, com o mercado muito fraco, mudamos o cenário. A demanda desaquecida leva a uma procura menor por trabalhadores e tende a reduzir salários, mas existe uma resistência do trabalhador, com a alta da inflação, de aceitar qualquer reajuste abaixo disso’, avalia Ana Maria Castelo, coordenadora dos estudos sobre a construção civil na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antonio de Souza Ramalho, apesar de a entidade entender o momento difícil pelo qual passam as empresas do setor, não deverão ser aceitas em 2016 quaisquer altas menores do que a inflação. Ele conta que as propostas da categoria para os empresários vão incluir pedido de aumento real de 5%, mas admite não esperar todo esse reajuste.