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Geral

01 de Fevereiro de 2016

Demanda externa e concessões em infraestrutura devem resgatar economia em 2017

Após dois anos de recessão, a economia brasileira deve voltar a registrar crescimento em 2017, graças à ajuda do setor externo e, caso seja bem sucedido, ao plano de concessões em infraestrutura do governo. Esta é a avaliação de boa parte dos profissionais do mercado financeiro que acredita em um PIB positivo, ou pelo menos, não negativo, no próximo ano. Por outro lado, há riscos para a concretização deste cenário, como os de ordem política e também a implantação de medidas econômicas que já deram errado no passado recente.
 
Conforme analistas, a base de comparação fraca com o PIB de 2016, que segundo o Boletim Focus deve cair 3%, pode favorecer a expectativa de recuperação em 2017. Além disso, já existem evidências de que a queda da atividade chegou ao fundo do poço, como a estagnação da piora da confiança dos empresários e da alta nos níveis dos estoques da indústria. A recuperação  deverá ser lenta uma vez que a indústria, bastante debilitada, ainda tem de se reestruturar, retomando investimentos, para reconquistar mercados no exterior. "Nos próximos anos o que vai puxar o crescimento é a demanda externa. Alguns indicadores antecedentes já mostram alguma estabilidade do pessimismo, entre eles os de demanda por exportação", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica, Luis Afonso Lima, que prevê para o PIB de 2017 alta de 1,5%.
 
Num primeiro momento, diz o economista, a retomada das exportações deve vir pelos produtos básicos, commodities agrícolas e metálicas, em que o País já tem tradição, afinal, itens de maior valor agregado exigem investimentos que levam tempo para maturar. Lima também vê o plano de concessões em infraestrutura como uma boa janela de oportunidade para o crescimento, que deve estimular o investimento estrangeiro. "No mundo todo, as empresas estão buscando oportunidades de expansão. Em 2015, o volume de IDP (Investimento Direto no País) foi elevado e houve melhora qualitativa. O plano de concessões em 2016 abre as portas para estes investimentos", disse.