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Economia

16 de Dezembro de 2014

Construtoras seguirão em baixa na Bovespa

O aumento dos custos na construção residencial e dos juros deve continuar afetando os resultados das ações do setor imobiliário em 2015. A perspectiva de melhora é apontada por analistas apenas para o exercício de 2016.

Entre os exemplos dessa realidade difícil, o papel com direito a voto (ON) da Rossi Residencial caiu 79,8% no ano até ontem (15), enquanto o índice setorial Imob caiu 22,67% em idêntico período de 2014. Ontem, a ação da Rossi recuou 14,16% e fechou cotada em R$ 2,06, enquanto o Ibovespa recuou 2,05%.
 
Segundo Felipe Silveira, analista da corretora Coinvalores,
todo o setor imobiliário passou por dificuldades ao longo deste ano, uma combinação de aumento dos custos da construção civil e ao mesmo tempo de menor demanda, com elevação dos estoques. "As empresas cresceram muito nos últimos anos, mas o resultado financeiro não foi tão bom". Conforme o especialista, muitas construtoras residenciais listadas em Bolsa de Valores tiveram que pisar o pé no freio ao longo do exercício e fazer ajustes pontuais como Even e Cyrela.
 
Mas Silveira explica que construtoras mais dinâmicas como Eztec e Helbor, apesar das dificuldades conjunturais, são companhias que estão apresentando riscos bem menores.

"Para 2015 não vejo uma recuperação forte. A demanda por imóveis não deve melhorar tanto no próximo ano. As construtoras vão tentar rentabilizar seus investimentos", disse o analista, apontando uma recuperação mais sólida a partir do exercício de 2016.