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Setor da Construção
13 de Maio de 2014
Construtoras comentam perigo no leilão de rodovias
Depois da onda de concessões federais do final do ano passado, a capacidade das construtoras de assumir novos compromissos está próxima do limite.
Essa é a avaliação que corre na Esplanada dos Ministérios. Por isso, há dúvidas quanto ao apetite delas para as concessões em ferrovias - que o governo gostaria de iniciar ainda este ano.
"Os investimentos dessa nova etapa são pesados e de curto prazo", disse o ministro dos Transportes, César Borges. "Isso é um limitador do processo de licitação." Ele acrescentou que há no País de seis a oito empresas com condições de assumir concessões em rodovias.
Para ferrovias, negócios mais complexos, o número de potenciais candidatos é ainda menor. O processo é dificultado, ainda, pois as maiores empreiteiras já assumiram compromissos de porte, como aeroportos e rodovias.
Há pelo menos um sinal de que os prazos curtos dados pelo governo e os elevados investimentos exigidos podem representar um problema. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ameaça aplicar uma multa pesada à concessionária do aeroporto de Viracopos por atraso na entrega das melhorias, a despeito de o grupo haver concluído mais de 90% do exigido no contrato.
A avaliação é que, se o governo recuar nesse, estará sinalizando com pouco rigor na cobrança dos prazos.