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Setor da Construção
16 de Maio de 2014
Construção lidera casos de trabalho análogo à escravidão
Dados do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados ontem (15) apontam que o setor de construção civil lidera os casos identificados pela fiscalização do órgão como análogo à escravidão, superando a agricultura.
Conforme o balanço da pasta sobre ações realizadas em 2013, foram identificadas 849 pessoas em situação análoga à escravidão na construção, enquanto a agricultura, até então a principal vilã do trabalho escravo no país, registrou 342 casos de pessoas na situação.
Na pecuária foram resgatadas 276 pessoas. O grupo do MTE fez 36 fiscalizações no setor de construção, 44 na pecuária e 23 na agricultura. O MTE realizou 179 fiscalizações no País, conforme a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, avaliando as condições laborais de 27.701 trabalhadores.
O órgão identificou 2.063 pessoas sob situação análoga à escravidão e aplicou R$ 8 milhões em multas aos empregadores infratores, além de lavrar 4.327 autos de infração em razão das irregularidades encontradas.
Os centros urbanos lideram a lista do trabalho escravo. Foram resgatadas 1.068 pessoas em áreas urbanas, o equivalente a 51,8% dos 2.063 resgates feitos no ano passado. Foi a maior quantidade de pessoas identificadas sob essa condição de trabalho em área urbana da série histórica do MTE, que fez 300 fiscalizações nessas regiões. O Estado com mais casos em área urbana foi Minas Gerais, onde foi feito o maior número de resgates. Foram 367 trabalhadores libertados na área urbana mineira, após 14 fiscalizações - a maior parte (173 casos) na construção. A Bahia ficou em quarto lugar, com 135 registros.