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Setor da Construção

02 de Setembro de 2014

Construção civil recua 8,7% e tem maior queda desde 2002

O setor de construção civil apresentou a queda relativa mais expressiva quando analisado o desempenho no PIB no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo dados do IBGE, houve uma retração de 8,7%, o pior resultado para essa atividade desde o primeiro trimestre de 2002, quando ela recuou 9,6%.

Ao lado da construção civil, a indústria de transformação foi a segunda grande queda da atividade, registrando um recuo de 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2013.

A lista de setores que influenciaram o resultado ruim é volumosa. A trajetória declinante da indústria de transformação e a construção civil, contudo, não é recente.

Quando se analisa a taxa por atividade acumulada em quatro trimestres consecutivos, o recuo da construção civil é de 1,4% e o da indústria de transformação, de 0,2%.  

Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, ressaltou, que pesou sobre o desempenho o ajuste na produção de caminhões e bens de capital, após um pé no freio desses segmentos a partir do fim dos incentivos fiscais ocorrido no final de 2013.

Sobre a desaceleração do setor de construção civil, disse que isso ocorreu por uma "moderação do mercado imobiliário" e também pelo fim das obras de infraestrutura para a Copa.

O banco ainda lembrou que o menor número de dias úteis ou de horas trabalhadas, por conta da realização da Copa do Mundo em junho, teve impacto negativo em grande parte dos setores econômicos.

"Todos os componentes dos investimentos estão caindo. A construção civil teve um desempenho fraco. A parte de máquinas e equipamentos teve um desempenho ruim, tanto pela produção interna quanto pela importação. Tudo isso contribuiu negativamente para o desempenho dos investimentos", afirmou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Roque Palis.