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Geral

22 de Fevereiro de 2016

Câmara debate PDDU como instrumento de desenvolvimento econômico

A segunda audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Salvador (CMS) para discutir com a sociedade civil o projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) foi realizada na sexta (19), no Centro de Cultura do Legislativo. O debate girou em torno dos pontos sobre “Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura” inseridos na matéria urbanística de autoria do Poder Executivo. O presidente da Casa, vereador Paulo Câmara (PSDB), e o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Luiz Carlos (PRB), destacaram a importância do tema da audiência e ressaltaram, também, a iniciativa da CMS de promover e incentivar a participação popular para o aprimoramento do projeto. 
 
“Estamos dando continuidade às ações de transparência. O PDDU é da cidade. Não é um instrumento político. Essa Casa tem pensado assim e abrindo o debate para a população. Continuaremos abertos às propostas e manifestações de qualquer cidadão ou instituição que desejem participar do processo e contribuir com este projeto tão importante para Salvador”, declarou Câmara.  Para o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, “é necessário pensar e criar alternativas para alavancar o crescimento econômico e, de fato, aproveitar o potencial que Salvador tem nesta área”.
 
Debate técnico - A apresentação técnica foi feita pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Érico Pina Mendonça, que alertou para o momento de diminuição de ocupação hoteleira, num processo que vem desde 2011. De acordo com o titular da pasta, atualmente, a capital baiana tem 400 meios de hospedagem e “uma competitividade na atração de turismo acima da média, em relação às outras capitais do país”.  O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, se debruçou no primeiro capítulo e quarto título do PDDU, que dispõe sobre objetivos e diretrizes da política cultural. “Precisamos aproveitar a vocação cultural da nossa cidade para alavancar o turismo. É o nosso diferencial em relação aos outros destinos turísticos do país”, opinou.
 
Já o professor da UFBA, Paulo Henrique Amorim, considera que o projeto “não tem uma visão de futuro da cidade”. Especializado em Economia de Cultura e de Turismo, o educador criticou o fato de o Centro de Convenções continuar fechado. Para ele, isso é “primitivo”. Amorim defendeu que o aeroporto de Salvador seja melhorado e considerou a possibilidade de construir um novo na Região Metropolitana da capital.
 
Calendário – Conforme o calendário de audiências públicas elaborado pela CMS, mais três debates serão realizados ainda em fevereiro. Amanhã (23), o tema será “Vetores de Expansão/Instrumentos de Política Urbana”. Na quinta-feira (25), o debate girará em torno de propostas e sugestões para o PDDU e no sábado (27) as discussões serão sobre “Zoneamento e Diretrizes para o Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo”.  Serão 16 audiências públicas, o último encontro está previsto para o dia 18 de abril.