Faça o login e acesse o conteúdo restrito.

Notícias



Geral

09 de Novembro de 2015

Brasil assina acordo para exploração de minerais

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) assina hoje (9) um  contrato de 15 anos para a exploração de crostas ricas em cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio no Atlântico Sul. O acordo será firmado com a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), que regulamenta atividades na área internacional dos oceanos, considerada "patrimônio comum da humanidade". O contrato autoriza o Brasil a explorar economicamente recursos minerais em uma área de 3 mil km², divididos em 150 blocos na região Alto do Rio Grande (Oceano Atlântico), localizada em águas internacionais a cerca de 1,5 mil km do Rio de Janeiro.
 
Segundo o CPRM, é o primeiro contrato do tipo firmado pela Isba com um país do Hemisfério Sul. Nos últimos cinco anos o Brasil investiu cerca de R$ 60 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desde 2009 realizou diversas expedições ao local para coleta de dados e de 18 toneladas de amostras geológicas. Para desenvolver o plano de trabalho previsto no contrato, serão necessários US$ 11 milhões. Os primeiros cinco anos serão dedicados a estudos de referência.  Duas expedições de levantamento ambiental coletarão dados geofísicos oceanográficos, amostragem de água, da mineralogia, petrografia para estudos geoquímicos para o monitoramento ambiental e definição das principais áreas de interesse para exploração mineral.
 
Depois serão avaliadas as características mineralógicas, estruturais e geomorfológicas para selecionar as áreas que serão submetidas a estudo da viabilidade econômica, ambiental e técnica. O governo espera fomentar o desenvolvimento científico e implantar um parque tecnológico capaz de criar novas tecnologias e equipamentos para dar suporte aos trabalhos de pesquisa. O contrato inclui o compromisso brasileiro em oferecer oportunidades de treinamento para técnicos de países em desenvolvimento. O projeto envolve, até o momento, cerca de 80 pesquisadores de diversas instituições e universidades.